
Segundo um levantamento feito pela Comscore, o Brasil é o país da América Latina que mais consome notícias e informações pelas redes sociais. São 6,4 bilhões de interações nas plataformas em 2024.
Para falar sobre o tema, o Jornal da Manhã Nacional, da Rádio Frei Galvão FM, conversou com Flávia Gabriela, doutora e mestre em comunicação e cultura, professora universitária, pesquisadora e especialista em gestão de negócios e marketing digital.
Para a especialista, o índice apresentado na pesquisa é um retrato de um recorte cultural do alto consumo de informações feito através da internet. Segundo Flávia Gabriela, a velocidade das redes sociais pode tirar a profundidade do que é consumido.
“O grande risco é que a velocidade, a agilidade e o alto volume de informações tiram cada vez mais a profundidade das questões. Então, ou uma notícia passa a chamar atenção porque ela traz muita violência ou tem alguma relação com algum famoso. Caso contrário, ela não prende a atenção das pessoas’, relata.
Para Flávia, as inúmeras formas de acesso à informação ajudaram para que o Brasil ocupasse essa posição no ranking e fizeram com que as pessoas chegassem às notícias de forma mais rápida, o que é um ponto positivo deste levantamento.
“Quanto mais informação, a pessoa ganha mais elementos para se criar uma opinião, para discutir determinados assuntos e assumir determinados posicionamentos. Quantos direitos passaram a ser garantidos a partir do momento em que o usuário começou a ter acesso? Ou começou a entender que isso fazia parte de um direito dele ou que, por exemplo, ele estava numa situação em que a sua segurança ou a sua individualidade estava sendo lesada? Então, sem dúvida, o acesso à informação oferecido pela internet tem muitos pontos positivos”, afirma a especialista.
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