⏯️Ouça a reportagem completa veiculada no Jornal da Manhã Regional desta quarta-feira (28/05):
Na manhã desta terça-feira (27), o Hospital Frei Galvão promoveu uma coletiva de imprensa para explicar as mudanças que ocorrem no local. A coletiva contou com a presença do fundador da Fazenda da Esperança, Frei Hans Stapel; a presidente do Hospital Frei Galvão, irmã Ivanete Albino; o diretor do Hospital de Amor e novo administrador do Hospital Frei Galvão, Leonardo Henrique Nogueira de Matos; e Leonardo de Paula Almeida, médico de família.
Entre as novidades, foi confirmado que o Hospital e Maternidade Frei Galvão passará a realizar atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre de 2025. Atualmente, o hospital ainda atende pacientes particulares e de convênios, mas esse modelo será encerrado até fim de julho, com prazo máximo de transição até 4 de agosto.
Na coletiva realizada, Frei Hans Stapel apresentou os novos administradores do hospital. A unidade será gerida em parceria com o Hospital de Amor de Barretos, referência nacional em oncologia, sob a liderança do empresário Henrique Prata.
O jornalista Felipe Melo, da Rádio Frei Galvão, esteve presente na coletiva e conversou com as autoridades. Irmã Ivanete Albino, da Congregação Irmãs da Providência, falou sobre a desafiadora situação financeira. “A dívida ultrapassa R$100 milhões. Mas, com essa nova equipe e experiência em renegociação, acreditamos na recuperação.”
Para a religiosa, a expectativa é que a regularização das Certidões Negativas de Débito (CND) possibilite aportes financeiros e repasses públicos importantes para a reestruturação ainda este ano.
Ainda de acordo com Irmã Ivonete, a mudança também tem um forte simbolismo para a cidade. “É um hospital que vai voltar a estar aberto e atendendo os pobres, que foi sua origem”, afirmou Irmã Ivanete, destacando o compromisso social da unidade com Guaratinguetá e toda a região.
O médico Leonardo de Paula será o responsável por estreitar a interlocução com a rede de saúde regional. Ele aponta como principal desafio a falta de integração entre os sistemas de informação das unidades básicas e do hospital: “O maior prejudicado é o paciente. Vamos criar meios oficiais de comunicação que facilitem as trocas de informação.”
O novo administrador destacou os planos de expansão, com ampliação dos leitos de 120 para 176, com mais 10 leitos de UTI, aumento de 400% nas cirurgias até o final de 2025 e atendimento regulado exclusivamente pelo sistema CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde).
Inspirados pelo modelo do Hospital de Amor, os gestores pretendem eliminar diferenças entre pacientes SUS e privados: “Todos terão o mesmo padrão de atendimento, alimentação e conforto. O SUS ocupará os espaços antes destinados aos convênios”, explicou Leonardo.
A prioridade imediata da nova gestão é conhecer todos os equipamentos de saúde da região e estabelecer uma integração completa para garantir assistência integral aos pacientes.