
O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Guaratinguetá, Dr. Rômulo Barros, confirmou em entrevista ao Jornal da Manhã Regional nesta terça-feira (7), que o hospital continuará prestando serviços de retaguarda à UPA da cidade após decisão favorável da Justiça.
Na última sexta-feira (3), a juíza Juliana Salzani deferiu pedido da Prefeitura Municipal garantindo a continuidade dos atendimentos de urgência e retaguarda hospitalar, que vinham sendo alvo de debate entre o município e a Santa Casa.
Segundo Dr. Rômulo, houve mal-entendidos semânticos e contratuais sobre o tipo de atendimento prestado. Ele explicou que a Santa Casa nunca deixou de cumprir suas obrigações e que a diferença entre “porta de entrada” (UPA) e “retaguarda” (hospital) foi o ponto central da confusão.
“A Santa Casa não negou atendimentos. O contrato estabelecia que atenderíamos casos de retaguarda — ou seja, pacientes encaminhados pela UPA após diagnóstico. Não somos responsáveis pela porta de entrada”, esclareceu o provedor.
Dr. Rômulo destacou que o contrato de retaguarda hospitalar segue em vigor até o final de outubro, com renovação prevista. A nova minuta contratual enviada pela Secretaria de Saúde prevê atendimento 24 horas com cirurgiões, anestesistas, ginecologistas, obstetras e especialistas em neurocirurgia e cirurgia vascular.
Durante a entrevista, o provedor ainda explicou que a Santa Casa é uma instituição filantrópica, atendendo 94% de pacientes do SUS — bem acima do mínimo de 60% exigido por lei.
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