
Foto: Redes Sociais/Centro de Equoterapia Arte e Vida
Guilherme Costa
O Centro de Equoterapia Arte e Vida, projeto localizado no recinto de exposições de Guaratinguetá, anunciou o encerramento de suas atividades nesta semana. O motivo principal para o fim das operações foi a falta de verba e o acúmulo de dívidas que inviabilizaram a continuidade do serviço. O projeto, que atendia cerca de 50 crianças com diagnósticos como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down, paralisia cerebral e TDAH. A coordenadora Tatiana Brandão, visivelmente emocionada, confirmou o fim das atividades, apesar dos esforços da diretoria e de parceiros para manter o funcionamento. “É uma semana bem triste para todos nós, a equoterapia faliu, a gente tentou fazer de tudo, mas chegou um momento que a dívida é muito alta, então não conseguimos arcar com isso.” Apesar do encerramento, Tatiana destacou a eficácia do trabalho realizado, relatando a evolução e adaptação das crianças atendidas. “O meu coração está bem tranquilo, apesar de bem triste porque a gente fez um bom serviço, fizemos o que a gente podia pelas crianças.”
Do lado das famílias, o sentimento é de tristeza e preocupação com a perda do vínculo criado com a equipe atual. Ana Carla, mãe do praticante Samuel, de quatro anos, lamentou a notícia. “Nós não esperávamos essa notícia, estamos todos muito tristes, meu filho mudou muito, a equipe aqui é uma mãe para as crianças.” Embora o cenário seja de despedida para a equipe atual, segundo a coordenadora a tendência é de que o serviço não será extinto permanentemente. Possivelmente a Prefeitura realizará uma nova licitação para contratar outra empresa, tratando o período atual como um recesso antecipado. A reportagem continuará acompanhando o caso para informar sobre os prazos para a retomada dos serviços e qual será o destino dos animais utilizados no tratamento, uma vez que a adaptação dos cavalos é crucial para a segurança dos praticantes.
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