
Guilherme Costa
O período de festas e as altas temperaturas exigem atenção redobrada dos tutores para garantir o bem-estar dos animais de estimação. Em entrevista, a veterinária Maria Paula Filippo destacou os principais riscos desta época, desde o estresse causado por fogos de artifício até os perigos de uma alimentação inadequada e do calor excessivo. A sensibilidade auditiva dos animais é significativamente maior que a dos humanos devido às terminações nervosas no conduto auditivo. O barulho de fogos pode causar pânico, ferimentos graves e até paradas cardiorrespiratórias fatais. Além disso, o calor extremo requer cuidados com a hidratação e horários de passeio, evitando queimaduras nas patas. Sobre fogos, Maria Paula foi enfática: “O que para a gente é normal, é um som alto, mas é aceitável. Para eles é insuportável, inaceitável. O coração deles começa a entrar em taquicardia. A partir desse momento, tudo pode acontecer”.
Sobre a alimentação a especialista destacou que: “Comida de gente é comida de gente. Comida dos animais é comida dos animais. O chocolate é devastador. Isso é extremamente tóxico para o cachorro”. Outro ponto abordado foram os tradicionais passeios no calor: “Passeios, só na hora que não dá sol. Logo pela manhã, seis horas da manhã, ou depois que o sol já foi embora, sete horas da noite”. Dica prática (Picolé de ração): “A gente pega a ração, deixa ela na água, faz tipo uma papinha e coloca no congelador em uma garrafinha PET cortada. Isso é um ótimo refresco”. A principal recomendação para os tutores é o uso do bom senso e o respeito aos limites físicos dos animais. Em crises ou mal-estar severo, como a hipertermia, a orientação é evitar medidas caseiras drásticas e encaminhar o pet imediatamente a um médico veterinário de confiança.
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