
Guilherme Costa
A psiquiatra Maria Clara Noronha participou do Jornal da Manhã desta segunda-feira (8) e na oportunidade debateu a esquizofrenia, destacando ser uma doença psiquiátrica grave e uma psicose, caracterizada pela perda da realidade, podendo incluir delírios e alucinações. A doença sofre grande estigma social, sendo frequentemente ridicularizada. A falta de informação faz com que famílias recebam o diagnóstico com susto. Os primeiros sinais de alerta incluem mudança de comportamento, conversas e pensamentos delirantes, e alucinações. Esses sintomas exigem avaliação psiquiátrica.
A esquizofrenia é uma doença multifatorial, influenciada por fatores genéticos, socioeconômicos (como negligência na infância), e o uso de substâncias. A incidência é ligeiramente maior em homens e os sintomas surgem no final da adolescência e na vida adulta. Quando identificada e tratada precocemente, a chance de ausência de sintomas é muito grande, permitindo que o paciente tenha uma vida completamente funcional. O tratamento é integrado, incluindo medicamentos, psicoterapia e apoio social. O sistema público (SUS/CAPS), embora idealmente estruturado, tem falhas, na prática, especialmente no momento de crise, por conta da demanda e questões estruturais. Prontos-socorros não são os locais ideais para acolhimento e podem piorar o quadro do paciente psíquico.
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