
Guilherme Costa
O programa Melhor da Manhã recebeu nesta quinta-feira (18) Teresa Barbosa, criadora e curadora do Festival de Marchinhas de Guaratinguetá, ela foi a convidada do quadro Ponto de Vista, ao lado de Neusa Cipolli a intérprete confirmou o retorno do evento para janeiro de 2026. Após um hiato no ano de 2025 devido à falta de verbas e decisões administrativas, o festival chega à sua oitava edição visando revitalizar o centro histórico e reafirmar a identidade carnavalesca da cidade. As inscrições, que se encerram no dia 19 de dezembro, já somam 36 composições de diversas regiões do Brasil. Durante a conversa, Teresa abordou os desafios de manter a tradição e a importância da renovação do público.
A curadora enfatizou que o festival é um pilar cultural: “O que sobrevive numa cidade é a identidade dela. Se você não busca identidade, você não sobrevive”. Sobre a seriedade do concurso, Teresa explicou que a seleção inicial é feita por um corpo de jurados técnicos (músicos) que analisam partituras e acordes, além do tom jocoso característico das marchinhas. Ao ser questionada sobre a diminuição de participantes de Guaratinguetá em relação a cidades vizinhas, Teresa sugeriu que o “ego” de alguns músicos, que se sentem desestimulados por não serem premiados, pode ser um fator. Para esta edição, foram convidados jurados jovens com o intuito de atrair novas gerações: “Eles trazem com eles os amigos e isso é formação de público e é uma forma de você manter essa tradição”.
O cronograma oficial do evento já está definido: dia 12 de janeiro de 2026 serão divulgadas as marchinhas selecionadas, com ensaios nos dias 13 e 14. As eliminatórias ocorrerão nos dias 16 e 17 de janeiro, culminando na grande final no dia 18, na Praça Conselheiro Rodrigues Alves. O festival oferecerá prêmios em dinheiro para os três primeiros colocados, além de troféus para categorias como melhor figurino e melhor torcida.