
Guilherme Costa
O Jornal da Manhã recebeu em seu quadro Café com Entrevista desta quinta-feira (18), recebeu a Doutora Valeska Beatrice, fisiatra da Clínica Moverti. A conversa focou na importância do movimento sem dor, nos perigos de ignorar sinais de alerta no corpo e trouxe um destaque especial para o Lipedema, uma doença crônica progressiva que afeta majoritariamente mulheres e é frequentemente confundida com obesidade. Durante a participação, a médica enfatizou que o tratamento da dor não deve se resumir somente ao uso de medicamentos, que podem servir de “muleta” se não houver reabilitação associada. “O maior parâmetro para a gente conseguir perceber se a gente teve sucesso real no tratamento da dor é qualidade de sono e se você está conseguindo voltar a fazer tudo da sua rotina com conforto”.
Doutora Valeska também alertou que o medicamento deve ser temporário: “Tanto o medicamento quanto os procedimentos, eles têm que ser uma ponte para a reabilitação. Se a gente só mascarar a dor com o remédio, depois a gente para de tomar o remédio, a dor vai voltar”. Sobre o Lipedema, a especialista explicou que se trata de uma “gordura dolorosa” e inflamada, diferente da gordura comum, e que muitas vezes resiste a dietas restritivas e até cirurgias bariátricas: “No lipedema, a gente tem uma gordura que ela é entremeada por traves de fibrose, então é uma gordura muito inflamada”. O tratamento para essa condição, segundo a médica, baseia-se em três pilares fundamentais: “Uma dieta específica anti-inflamatória, terapia compressiva e os exercícios específicos”. A entrevista reforçou que se adaptar à dor ou automedicar-se pode mascarar lesões graves, como falhas na consolidação de fraturas. A profissional encerrou sua participação lembrando que a prevenção é o melhor caminho e anunciou que a Clínica Moverti fará um breve recesso, retornando aos atendimentos no dia 12 de janeiro.
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