
A cidade de Guaratinguetá está em alerta com a baixa cobertura vacinal da população e os impactos já visíveis no aumento de casos e mortes por doenças. Em entrevista ao Jornal da Manhã Regional, Adriane Campos, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, reforçou a importância da vacinação, especialmente contra a Influenza, que já causou óbitos na cidade este ano.
Segundo a especialista, os testes confirmaram a circulação do vírus Influenza A H1N1 PDM09, o mesmo que está presente na vacina oferecida gratuitamente pelo SUS. Todas as vítimas fatais em Guará não estavam vacinadas — em alguns casos, há anos. “A vacina não impede totalmente a infecção, mas reduz drasticamente o risco de complicações, internações e óbitos”, destacou a coordenadora.
Para tentar reverter esse cenário, a Secretaria de Saúde tem adotado diversas estratégias, como vacinação em pontos estratégicos aos finais de semana, ações itinerantes em bairros mais distantes e mutirões durante eventos públicos. A vacina da dengue, voltada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, também já está disponível em todas as unidades de saúde do município.
Outro destaque foi a implementação da “declaração de vacinação” obrigatória no ato da matrícula escolar, substituindo a simples apresentação da carteirinha. A medida, em vigor desde 2023, busca garantir a revisão técnica das vacinas por um profissional de saúde e reforçar a proteção das crianças nas escolas. “Infelizmente, temos identificado crianças com seis, sete anos que nunca tomaram vacina”, afirmou Adriane.
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