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No Programa Encontro de Família desta quarta-feira (18), entrevistamos Frei Fidêncio Vanboemmel, ofm, para falar sobre a Solenidade de Corpus Christi e a Eucaristia sob a ótica da mística franciscana.
Segundo o convidado, o tema da Eucaristia entra em um determinado momento na vida de Francisco. “Os biógrafos narram sempre a conversão, o encontro de Francisco com o Evangelho, a chegada dos irmãos, os primeiros anos da vida, mas em nenhum momento nós poderíamos dizer que há uma fala direta acerca da Eucaristia. Esta temática entra na vida de São Francisco em um determinado momento, a partir de 1215, por ocasião do Concílio de Latrão, quando a Igreja pede que haja uma devoção maior para com a Eucaristia. Francisco então toma essa bandeira da Igreja, esse clamor da Igreja, e ele passa a falar muito da Eucaristia. Francisco escreve, por exemplo, a Carta aos sacerdotes, falando sobre a importância de cuidar da Eucaristia, pede para ter cuidado com os objetos, com os cálices, com os corporais, tudo aquilo que envolve o sacramento da Eucaristia. Também escreve para os leigos, para o povo de Deus, para que eles também tenham uma devoção para com a Eucaristia”, afirma.
O frade recordou que a Eucaristia, a encarnação e a cruz podem ser considerados núcleos centrais da mística e da espiritualidade franciscana. “É a encarnação diária, é a forma com que Cristo se faz presente todos os dias. Nós não podemos entender mística franciscana ou espiritualidade franciscana, vida franciscana sem Eucaristia.
O entrevistado falou ainda sobre os grandes santos franciscanos que nutriam uma devoção profunda da Eucaristia, como Santa Clara, São Pascoal Bailão, Santo Antônio, São Bernardino de Sena e Santo Antônio de Sant’Anna Galvão. “Quando o Papa Bento XVI canonizou Frei Galvão, ele chamou a atenção e destacou Santo Antônio de Sant’Anna Galvão pelo seu amor à Eucaristia e a devoção imaculada à Virgem Maria”, recordou.